Partilha interior…A vida, imprevisível e efêmera
A vida mostra como tudo é imprevisível e de um momento para o outro aquilo que estava planeado se altera, sem poder fazer nada.
A vida só mostra que devemos aproveitar o momento aqui e agora e o amanhã logo se vê. É tudo tão efémero e tudo muda tão de repente que fazer planos muito concretos ou muito rigorosos não nos leva a lado nenhum. Temos de estar abertos à impermanência de tudo e a fluir a cada dia como ele surge, como acontece.
A vida ensina-me que nada é perfeito, mas é o seu ciclo, é o ciclo da própria natureza, que nem tudo tem de estar a 100%. Quando coisas boas surgem, surgem, também, outras menos boas como o ciclo da própria vida. Só tenho de aprender a equilibrar as duas coisas, a permitir-me sentir e fluir em tudo e em todos os momentos,
Não deixar de me permitir sentir o que surge e o que sinto como forma de fuga ou de ilusão.
Não é fácil saber e perceber que de um momento para o outro tudo muda e que nada é eterno nem permanente, que tudo e todos somos meros nadas, meras almas a viver uma passagem terrena no seu tempo e no seu momento. E, o amanhã um mero ou pequeno pormenor que não altera o que é agora nem nos assegura nada.
Assim é a vida um momento de fluidez face a todos os momentos.
Um fluir como água face a tudo e a todos os momentos superando cada imprevisto que nos surge com muito amor por nós mesmos e com muita gratidão.
A vida é mesmo assim imprevista e impermanente.
A vida é uma eterna escola cheia de momentos, de imprevistos e de trilhos que não controlamos.
Tento não pensar, tento não me entregar a esta ansiedade de se, tento simplesmente fluir aceitando a imprevisibilidade de tudo como um mero caminho que tenho de fluir, de trilhar conforme for surgindo sem condicionalismos do meu ego, do meu querer ou do meu achar.
Aceito e aprendo a aceitar o fluir natural do ciclo da vida de cada ser com muita entrega, com muita gratidão e com muito amor.
Não que não doa saber a possibilidade da tua inexistência daqui nada. Mas, tento encher o momento aqui e agora com muito amor, com muita presença e com muita gratidão.
Porque no fundo a vida é sábia e é perfeita no seu próprio ciclo natural de imperfeição.
Com gratidão,
Cátia Santos