Partilha interior…A dor de ter de aceitar o teu tempo no momento do meu tempo
Em tão pouco tempo, em tão pouco espaço, tudo muda e a imprevisibilidade de tudo se mostra assim de um momento para o outro. Simplesmente, mostrando que tudo o que realmente tem valor e é de valor, é efémero. Hoje estás aqui ao meu lado e daqui nada poderás não estar.
O que realmente tem valor nesta vida, senão o momento presente, aqui e agora!? O momento que presentemente partilhamos, o momento presente que enche o nosso coração de felicidade e de gratidão e preenche a nossa alma com plenitude e com amor.
O que vale o amanhã!? Se hoje estás aqui e o amanhã é puro futuro neste mundo imprevisível.
O que realmente tem valor nesta vida é o momento que unidos partilhamos, é o momento que unidos preenchemos o silêncio com amor, é o momento em que somos dois seres em evolução e é o momento em que brincamos como duas crianças num mundo de pura incerteza e imprevisibilidade.
A dor do adeus
A dor de ter de aceitar
Espero que esteja distante.
Apesar de me indicares que está perto, que a tua missão ao meu lado terminou, que meu o budinha cumpriu a sua missão e que estará para sempre comigo, a olhar para mim, a manifestar as suas mensagens.
Ando meio que adormecida como se essa hipótese fosse mera possibilidade de um futuro longínquo e que comigo estarás sempre até ser velhinha sem conseguir me mexer muito e chatear o meu sobrinho para me comprar ervas para as minhas tisanas, chocolate e vinho: as minhas paixões.
Tenho em mim a esperança de que o teu tempo é muito muito muito longo e o nosso tempo eterno.
O tempo tem o seu próprio momento no tempo e não o meu tempo no momento do tempo.
Esperança frágil e vã no meu coração do teu tempo na eternidade do meu tempo.
Com gratidão,
Cátia Santos