Partilha...Escrever, criar e deixar as emoções fluírem
Escrever, criar, deixar as emoções fluírem!
Não é novidade na minha vida.
Na adolescência, com a descoberta do filme O Clube dos Poetas Mortos, com o estudo e a descoberta de poetas portugueses e escritores como Florbela Espanca, Eugénio de Andrade, Miguel Torga, Fernando Pessoa entre muitos outros, despertei este gosto pela escrita.
Lembro-me de nessa altura ter criado um caderno, ao qual chamei exatamente o mesmo nome do filme Clube dos Poetas Mortos, onde escrevia poesia, onde criava, onde me encontrava e guardava só para mim.
Nunca mostrei a ninguém, como a minha essência lá residia!
No fim do caderno e passado uns anos, decidi que aquelas palavras, aqueles sentimentos, aquelas emoções e aquele pedaço do meu ser interior, só a mim e ao Universo pertenciam que ninguém deveria ler. E, assim, entreguei-o ao Universo. Naquela altura, não queria partilhar com ninguém o que escrevia porque considerava que partilhar algo tão íntimo era assustador e constrangedor.
Agora, vejo que partilhar é a coisa mais maravilhosa e um ato de puro amor próprio e de puro amor para com todos vocês, para com todos os seres e para com o Universo.
No entanto, não deixa de ser assustador, de meter medo, porque ao partilhar abro todo o meu ser, toda a minha essência a vocês, a todos os seres e ao Universo.
Com gratidão,
Cátia Santos