Numa viagem de comboio
Numa viagem de comboio, sentada no lugar da janela, aprecio a natureza e deixo-me fluir neste embalar irregular. Deixo-me fluir pela paisagem verdejante, por entre árvores centenárias, por casas de pedra, por animais a pastar e relembro os nossos momentos.
Relembro os nossos momentos, onde o tempo fluía sem senãos, sem preocupações, sem ansiedades. Relembro doces momentos de felicidade, de gratidão, de união e de amor.
Deste fluir dentro do meu mundo de pensamentos e de recordações, sou despertada pelo tique-taque do relógio do passageiro ao meu lado, que me recorda, onde estou e que a próxima paragem é a minha.
O comboio apita, para e levanto-me num passe acelerado como o meu coração. Desço as escadas do comboio apoiada no corrimão, ao levantar o olhar, encontro o teu doce e profundo olhar e o teu sincero e feliz sorriso que aquece o meu coração e faz a minha alma sorrir de felicidade. Corro para ti e tu para mim e somos envolvidos pelo tão desejoso abraço.
Com gratidão,
Cátia Santos
* Esta pequena história foi criada para o desafio do Minicurso da Semana da Escrita da Analita Alves dos Santos.